Maldita pamonha
Esse post eh diferente por ir numa vibe mais filosomelancolia. Aproveite, ou não.
Maldita pamonha. Minha vida era muito melhor antes de vc? Não sei dizer. Sempre imaginei como seria comer a primeira pamonha, o gosto que teria; afinal, nunca tive a chance de experimentar pamonha na minha vida. E então, assim que eu ingresso no colégio, eu experimento o que seria a minha primeira pamonha. Era incrível! A felicidade que me dava quando encontrava-a, o reconfortante "gosto" que tinha e quando eu "abraçava-a" em minhas mãos, era tudo tão bom... e acabou! Não existe mais. Mesmo que eu tente comer dessa mesma pamonha de novo, não será igual a antes. E mesmo que eu ache outro alimento igualmente nutritivo, nunca será igual a primeira pamonha. Os sentimentos criados por essa pamonha não podem ser descriados, eles existem e, a não ser no dia em que essa pamonha não exista mais, ou que ela pare de existir na minha vida, eles nunca irão sumir... e isso é uma droga!
Toda vez que eu procurar me alimentar de um alimento qualquer, apenas para tentar me reconfortar, eu vou me lembrar dessa pamonha. E mesmo que tente voltar a comer dessa pamonha, sei que o gosto nunca mais será igual a da primeira vez.
Me condenei a amar demais algo que não podia; e agora conviverei com essa decisão durante muito tempo... eu sabia que não podia me apegar a pamonha, mas parecia que ela sempre estava lá para mim; e mesmo quando tomava decisões ruins, como fazer um corte de cabelo ridículo ou continuar amigo de pessoas ruins, ela estava lá para me consolar com o seu reconfortante "abraço".
Eu mereço esse castigo... desde a primeira vez que fui até a pamonha, sabia que não podia ter ela para mim; mas me convenci de mentiras, da mesma forma que uma criança se convence da existência do Papai Noel só por causa do comercial da Coca-cola. Eu podia ter parado, a hora que eu quisesse eu podia NÃO ter deixado as coisas acabarem como acabou... mas eu tomei a decisão de não tomar uma decisão, e hoje, sinto estar cometendo o mesmo erro.
Minha visão é turva, mesmo usando o óculos para enxergar melhor; Eu não sou tão insensível, mesmo que eu tente não me importar tanto com as coisas; No fim, continuo tão humano quanto à 3 anos atrás. Não aprendo com meus erros, mesmo tendo cometido eles tantas vezes; O Henrique de 3 anos atrás queria muito conversar com mais pessoas, por quê isso continua nos dias de hoje mesmo que as pessoas tenham te decepcionado tanto? O lógico era você não ter mais esse desejo afinal, eu mereço a companhia de poucas pessoas; e dessas poucas pessoas, poucas merecem minha companhia.
Mesmo que essa pamonha me tenha trazido muita angústia, por quê continuo atraído por ela? Não era mais fácil eu só não gostar dela mais? O que posso dizer com propriedade, é que não pretendo deixar as coisas acabarem como antes, e mesmo que eu tenha que ME DESTRUIR com meus desejos e pensamentos, que assim seja! Afinal, se eles fossem válidos de alguma forma, eu não estaria escondendo eles no canto mais profundo do meu subconsciente.