Essa eh uma página de politicagens

Nessa página, elaborarei alguns temas políticos recorrentes na vida de um estudante, como a pena de morte, o aborto, a tal revolução socialista que tanto falam, apenas tópicos saudáveis :). Mas antes, um pouco sobre meu posicionamento político. Apenas para fins didáticos, criei uma série de personagens arquétipos políticos como:

Sr. Coxinha: o clássico boomer direitista bolsonarista (as vezes) que tem certeza ABSOLUTA que tudo de ruim que acontece na nação é culpa da esquerda e que acha que tudo que não é de direita conservadora/liberal é comunista/socialista.

Sr. Mortandela: o clássico boomer esquerdista lulista que defende veemente que todos os não-esquerdistas são fascistas que apoiam um sistema fascista (se o sistema eh ou não facho, esse não eh o tema).

Porque o autoritarismo é uma forma legitima de governo? E quando não é?

Sim, porque mesmo sendo autoritarista, não admito que TODOS os regimes autoritaristas sejam legítimos. Assim como é um erro não considerar que o autoritarismo é uma forma de governo, um erro maior é generalizar e afirmar que TODOS os governos autoritaristas são legítimos.

Um exemplo de governos autoritaristas legítimos e ilegítimos são os governos de Getúlio e a ditadura de 64. Veja bem, a única coisa que diferencia um do outro é a presença de REAL apoio popular, ou seja Sr. Coxinha, o fato de 1 dúzia de famílias terem se mobilizado na Marcha da Família com Deus pela Liberdade não torna a ditadura de 64 popular e muito menos legitima. Por outro lado, Getúlio Vargas, que ironicamente adotava um discurso anti-comunista similar ao da ditadura de 64, foi um ditador legítimo e popular; se há alguma duvida em relação à isso, por que então o povo elegeu ele presidente novamente em 1950?

Outra coisa que torna um governo ditatorial legítimo é a noção de progresso (mesmo que ela seja falsa...). Todas as ditaduras ao redor do mundo têm isso em comum: o progresso seguido do autoritarismo. Getúlio fez isso, Stalin fez isso, Júlio Cesar (o G.O.A.T) fez isso; TODAS as ditaduras no mundo fizeram mudanças progressistas em suas nações ou em suas políticas para que as pessoas vissem mudanças SIGNIFICATIVAS na vida delas.

Agora, e quando não há legitimidade em uma ditadura? E quando não há apoio popular e nenhum progresso REAL sendo feito? Nesse caso, defendo que O POVO se una para retirar o governante do poder usando OS MEIOS NECESSÁRIOS. A mobilização popular para retirar governantes do poder é valida, sempre foi. Se um Rei enlouquece, quem o força a abdicar? O POVO; se um presidente se torna impopular a ponto de quererem que ele saia, quem promove greves e manifestações para que ele renuncie ou sofra um processo de impeachment? O POVO. Logo, se um ditador se torna impopular e é necessário que ele seja retirado do governo, quem deve tira-lo é O POVO. Entretanto, há uma complicação em expulsar o ditador do poder; pois ao contrário de um governante comum, ele não precisa apelar para um juiz ou um congresso para que ele não seja retirado, ele pode apenas reprimir O POVO como uma oposição, o que é muito perigoso pois ele pode permanecer nesse loop de reprimir O POVO durante anos; por isso, ao perceber sinais alarmantes de incompetência e abuso de poder, ele deve ser expulso do governo antes que a situação se agrave.

A incompetência e o abuso de poder de um ditador não é tolerável. Você imagina que um presidente e até um Rei sejam incompetentes, mas um ditador não. Não há razões plausíveis para sua incompetência; ao contrário de um presidente, ele não precisa se submeter à um processo burocrático para fazer mudanças nas políticas publicas da nação, é necessário apenas que ele pegue uma caneta e rabisque algumas rubricas em alguns papeis e voilá! Alguma mudança terá de ser feita, e um bom ditador vai pedir respaldo de especialistas para garantir que ele não faça merda. E o abuso de poder, é uma questão mais complicada, mas que pretendo me aprofundar mais para frente.

E a oposição? Tem que metralhar todos?

Não, não tem que metralhar TODOS... só alguns, mas isso é assunto para outro dia.