Sobre como Leclerc estava certo em sua não tão famosa frase
Em uma das corridas de F1 pós Senna, nas atuais corridas de Verstappen e CIA, um famoso piloto da Ferrari chamado Charles Leclerc bateu na curva mais traiçoeira do circuito de Mônaco, como vocês podem ver na imagem abaixo:
Tendo em vista que ele bateu a aproximadamente 70Km/h a 90Km/h (uma velocidade baixa tendo em vista que o F1 pode chegar a 370Km/h), fato dele ter saído ileso e de fato surpreendente.
E porque estou falando isso?
Porque segundos após bater o carro, ele falou algo que o transformaria em um meme pelo resto de sua vida.
Mesmo que a curva que ele estivesse fazendo fosse extremamente complexa, isso não muda o fato de que TODOS os pilotos daquela corrida tinham conseguido fazer o mesmo percurso sem bater o carro naquela curva.
A partir do ponto que eu me sinto incapaz de fazer coisas que todos fazem, mesmo que esse algo exija muita habilidade e prática, é assim que eu me sinto. Porque não faz sentido; até pouco tempo achava que o problema eram defeitos superficiais, como o cabelo, o rosto, até a forma de falar. Mas agora, a única coisa que explica minha inamorabilidade é algo encrustado em mim; algo que está tão conectado comigo, que eu não percebo, mas todas as outras pessoas com quem tenho algum interesse romântico percebessem, e sentem algum tipo de repulsa. Seria o RPG? Ora pois, agora tenho que fingir ser um garoto padrão para ser namorável? Não, não é o RPG. Eu realmente não sei, e eu só estou cansado.
Pelo que vejo, a longo prazo, continuarei sozinho, melancólico e extremamente amargurado. Pronto, falei; sim, eu sinto raiva e ódio todos os dias quando eu acordo, por mais que eu não tenha mais motivos para odiar alguém e nem a quem direcionar esses sentimentos. Quase briguei com um idiota ontem, se não tivesse ido para o boxe desestressar, tenho certeza que brigaria com alguém amanhã também.
"Não consegui chegar a nada, nem mesmo tornar-me mau: nem bom nem canalha nem honrado nem herói nem inseto. Agora, vou vivendo os meus dias em meu canto, incintando-me a mim mesmo com o consolo raivoso; que para nada serve; de que um homem inteligente não pode, à sério, tornar-se algo, e de que somente os imbecis o conseguem..."
- Dostoiévski em Memórias do Subsolo
Não estou desabafando, e nem me vangloriando por nenhuma dessas coisas. Tudo que eu falei agora é apenas uma constatação de todo que eu percebi recentemente.
Apenas uma coisa boa aconteceu nessa noite; convenci meu pai a me deixar continuar fazendo boxe; o planejamento era eu parar de fazer boxe no 2⁰ semestre desse ano para eu focar nos estudos, mas ele percebeu que eu REALMENTE gosto de fazer esse esporte, então ele deixou eu continuar.
Eu sou um estúpido, mas pelo menos sou um estúpido que faz boxe.
obs: planejo colocar imagens nesse post, ainda hj.